A tenossinovite de Quervain é uma doença que se caracteriza pela inflamação dos tendões na região dorso radial do punho. Acontece quando o tendão inflamado incha, de tal forma que não consiga mais se manter dentro dos “túneis” localizados no dorso do punho. Juntos, eles são responsáveis pela ligação entre antebraço e punho. Com o inchaço, toda vez que são acionados para um movimento, estes tendões extensores podem não cumprir exatamente sua missão, provocando as dores.
A dor pode aparecer aos poucos, gradativamente ou repentinamente. É bastante comum o desconforto localizado na base do polegar ao tentar realizar movimentos laterais do punho, com o polegar dobrado.
É comum ainda notar um inchaço no local, decorrente do aumento de produção do líquido sinovial, que tem como função proteger as articulações.
O que se nota na maioria dos casos é que estes sintomas são mais incômodos no período matutino. Em estágios mais avançados, o paciente pode ficar impossibilitado de realizar movimentos simples que utilizem o polegar, como abrir uma lata ou segurar um objeto, por exemplo.
Apesar de muito comuns em praticantes de modalidades esportivas que usam as mãos predominantemente, como tênis e squash, a Tenossinovite de Quervain não se caracteriza como uma doença causada por movimentos repetitivos ou esforço, como acontece por exemplo na maioria das tendinites.
Portanto, não é possível apontar causas específicas que favoreçam o aparecimento da doença. O que se sabe é que ela acomete mais comumente mulheres acima dos 45 anos, em razão do desequilíbrio hormonal, consequência conhecida da menopausa.
Doenças metabólicas, como a gota, diabetes e artrite reumatoide também favorecem o aparecimento das tenossinovite de quervain nos punhos.
O tratamento para tenossinovite de quervain pode incluir o uso de anti-inflamatórios. O médico também pode receitar a imobilização do punho afetado e o uso de órteses especiais.
A infiltração é uma técnica que pode ser utilizada para amenizar os sintomas, principalmente quando mais intensos.
A cirurgia pode ser indicada. Porém, somente em casos em que os tratamentos primários não mostrarem resultados efetivos.