Vamos começar explicando o que é o escafoide. Esse ossinho de nome complicado integra um grupo de oito pequenos ossos que formam o carpo (punho). Ele está localizado entre o polegar e o antebraço e é fundamental para a mobilidade do punho e da mão.
A fratura de escafoide é bastante comum e pode facilmente ser confundida com uma simples entorse do punho.
Sua localização o deixa mais suscetível a fraturas. As mais comuns acontecem quando a pessoa sofre uma queda com a mão aberta, forçando o dobramento do punho. É comum também as fraturas de escafoide em acidentes automobilísticos.
A dor no punho, localizada no osso afetado é sintoma característico. As fraturas de escafoide podem vir acompanhadas de luxação ou ruptura de ligamento. Nestes casos, as dores costumam ser mais intensas, com hematomas no local, e dificuldade instantânea para realizar movimentos no punho e mão.
O diagnóstico da fratura de escafoide envolve alguns fatores únicos. Ela pode não ser visível em radiografias iniciais, exigindo assim uma análise mais aprofundada por parte do médico antes de oferecer o diagnóstico correto ao paciente.
Se isso acontecer o médico pode solicitar a realização de uma ressonância magnética ou até mesmo uma tomografia computadorizada.
O tratamento é conservador e indica a imobilização do local afetado por um período de aproximadamente 40 dias.
Com a consolidação completa, o médico pode encaminhar o paciente para a fisioterapia, para recuperação dos movimentos e a força da articulação.
A cirurgia é indicada quando há o desvio do osso. Neste caso, a imobilização e a fisioterapia também fazem parte do processo de recuperação no pós-operaório.
Quando não tratadas corretamente, fraturas do escafoide tendem a trazer ainda mais dor de cabeça ao paciente. O quadro pode evoluir para a pseudoartrose, um processo de artrose prematuro, causado pela falta de irrigação sanguínea no osso afetado. A pseudoartrose pode ser revertida, porém mediante um processo cirúrgico ainda mais complexo que o da correção da fratura de escafoide.