Síndrome do túnel do carpo: Doença na mão afeta sensibilidade

Você já sentiu formigamentos nas mãos e dores na região dos punhos sem nenhuma causa aparente? Ainda que se confunda com apenas um mal-estar, pode se tratar da síndrome do túnel do carpo, neuropatia que ocorre com a compressão de uma estrutura anatômica localizada entre a mão e o antebraço. Apesar de parecer algo simples, o problema pode afetar a sensibilidade das mãos e dos dedos, além de contribuir para a perda de movimentos dos membros.

Especialista em mãos, o ortopedista Paulo Marcel Yoshii explica que algumas causas da doença estão relacionadas a movimentos repetitivos, como digitar ou tocar instrumentos musicais, além de causas traumáticas, como quedas e fraturas, ou inflamatórias, hormonais e medicamentosas. Segundo ele, a doença também pode surgir e desaparecer sozinha, mas a dor e o incômodo acabam interferindo consideravelmente na qualidade de vida de quem sente. 


”Entre os sintomas, percebemos o amortecimento ou formigamento, principalmente no polegar, indicador e dedo médio, e uma fraqueza muito grande da musculatura dos dedos. O diagnóstico é confirmado pela história clínica e por exames complementares”, diz o médico.


Segundo Yoshii a incidência de casos envolvendo mulheres tem sido alto. ”Sabemos que também há um pouco da questão psicológica envolvida. Dependendo do local onde a pessoa trabalha, se há muito esforço repetitivo, tudo isso acaba agravando ainda mais o quadro fazendo com que a doença persista”, enfatiza.


Ainda segundo o médico, a síndrome pode ser evitada com redução de movimentos repetitivos, alongamentos e controle hormonal, principalmente em mulheres. A maioria dos pacientes é do sexo feminino e próximas da menopausa, sugerindo que a síndrome pode estar relacionada de algum modo a mudanças hormonais. Quando não tratada, a síndrome pode agravar o quadro fazendo com que a pessoa perca sensibilidade total das mãos e movimentos de alguns dedos.


”Inicialmente fazemos o tratamento com uso de anti-inflamatório não hormonal, fisioterapia e diminuição de atividades que exigiam flexoextensão repetitiva do punho e uso de vitamina B6. Caso não haja resultado com tratamento clínico deve-se realizar o tratamento cirúrgico, que é um procedimento simples, sem contraindicações. No mesmo dia o paciente é liberado e em poucos dias retoma o movimento normal da mão”, finaliza.

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